Às vezes eu queria ser de ferro para suportar todas as dores que possam me ferir, mas, infelizmente, isso é humanamente impossível. Ir para outro mundo, fazer dele um lugar que só me faça bem em qualquer momento da minha vida, pois lá não existem pessoas que poderão me magoar mais ainda, pois este mundo agora me pertence e dele eu faço o que quero. Se eu quiser ser surda para não ter que ouvir palavras que ferem, serei. Se eu quiser ser muda para não dizer algo que magoe alguém, serei. Se eu quiser ser cega para não poder enxergar algo que não me faça bem, também serei. Mas uma coisa que não me escapará, será um sentimento de angústia, pois além de eu ter feito o meu mundo, não posso me esquecer de que ainda sou um ser humano, e o ser humano tem sentimentos que seres de outro mundo não têm, disso eu não posso escapar. Uma vontade é de jogar tudo pro alto, esse tudo pode flutuar por um tempo, mas, em um determinado instante, tudo que flutuava, cairá de uma vez só na minha cabeça, sem ter chance de escapar. No meu mundo também quero vitórias, e para que eu as alcance deve haver dificuldades que terei de enfrentar, para que no fim venha a recompensa. Esse mundo que eu quero que me faça sempre bem deve existir para me incentivar, mas tenho que ter uma plena consciência que não é possível criá-lo além da minha imaginação, por isso se chama MEU e, a partir dele, posso aprender a viver melhor no mundo real, nesse mundo que me magoa, mas que também me trás alegrias. É difícil lidar com seres semelhantes a nós; na verdade iguais, com fisionomia e atitudes diferentes, mas que ao se unirem em determinado instante causam vários impactos. A realidade, para muitos, está no que vivemos hoje; o mundo imaginário, para muitos, está apenas na cabeça de crianças inocentes. E por que não o contrário? Quando criança, o mundo é real, é o certo, onde a paz reina e o perdão existe sem ressentimentos; mas quando crescemos tudo vira um caos, imaginações ilimitadas que nos levam a tomar atitudes de um mundo que não deveria existir. Está tudo virado de ponta cabeça e ninguém percebe isso, nem mesmo eu que achei que por algum instante havia percebido.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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