terça-feira, 28 de abril de 2009

Cheia de solidão.

Sempre quis ter paz,e ficar sozinha no meu canto nessa família de loucos(aushuahas),mas normais,afinal normal é ser louco,porém agora estou vendo que Deus ouviu minha prece e realizou meu desejo rapidinho,mas eu não me acustumei,na verdade minha família nunca foi imensa daquelas mesas gigantes com primos,netos e uma penca de tios,não nunca foi,mas sempre tinha algum amigo,alguma amiga,algum fulano ou ciclano e quando eu digo de família são amigos,que são mais famílias do que parentes de sangue.
Agora não,cada um seguiu seu caminho,não que não nós falamos,porém exporadicamente,quando começa namorar,trabalhar e fazer facul o seu caminhos se abriram,o que é mais natual e o que não seja certo,porque cada um deve seguir sua vida para evoluir e melhorar,mas também me deixa reflexiva porque eu me importava e sentia falta,agora eu me sinto só,entristecida,porém eu não me importo mais isso é contraditório,eu sei.
Aliás o que me deixa muito preocupada afinal se importar é viver,sentir falta,estou me acustumando com a solidão,com os sorrisos falsos e conhecer pessoas que amanhã nem saberei o nome,quando pego o metrô é engraçado,eu vejo pessoas de todos os tipos,se olhando porém nem sabendo da vida alheia,eu não sei do sofrimento da mulher bonitona na minha frente,ela só é a mulher bonitona,gostosa e pronto.
Meu problema nao aflige ninguém,minha solidão é minhas,a desgastação pela vida,é minha eu causei isso,porém só cabe a mim acustumar,não que seja mimo mas eu nunca convive bem somente com a minha sombra ela me causa tristeza,eu sempre gostei de viver entre multidões,que me aqueciam temporariamente,porém a alma sempre teve que andar sozinha e essa realidade eu não quero enxergar,eu quero casa cheia,lotada de sorrisos,mesa farta e felicidade,não quero momentos,quero anos e anos. É querer muito?
A verdade estampada na minha face que além de querer que os dias passem logo é que eu estou apenas existindo e não vivendo...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Destino terra do nunca,pode?

Nesse revezamento doido que é a vida, chegou minha vez.Eu nunca fui muito de 'aceitar' conselhos, afinal, quem melhor do que eu pra saber o que é certo pra minha vida? Mas claro que isso nunca me impediu de ouvir opiniões alheias e por diversas vezes até refletir um pouco sobre aquilo, mas se tem uma coisa que eu agradeço todo dia é essa minha capacidade de ir até os meus 60 anos e voltar pro meus 6, onde aprendi que quando se estende uma mão, outras duas se estendem pra você, mas que correr demais pode me levar ao chão. Tudo bem Bruna, e onde você quer chegar? Eu? Lá no infinito! E com isso eu cansei de sentir como se a minha vida fosse curta o suficiente pra saber e sentir que tenho muita coisa pra fazer,que preciso ajudar o mundo e que pode não dar tempo. CORRE, não, não posso, eu ja aprendi que quando se corre demais, pode-se cair! Algumas coisas ainda me pertubam, ter essa sensibilidade de uma criança junto com essa visão REAL do que é o mundo hoje. Pode algum coração ficar estável sendo assim? Pois é,não!
Eu percebi que não consegui me modernizar conforme o tempo pediu. Não consigo cegar meu olhos e aceitar que esmola não se dá, que é normal abandonar cachorros e gatos velhos na rua, que é a 'COISA MAIS COMUM DO MUNDO' ver idosos e recem-nascidos dormindo na rua. É, acho que estagnei no tempo de quando eu era criança, onde naquele momento eu era maior do que tudo! Onde podia salvar o mundo,dando migalha de pão pros passarinhos, ou dividindo meu lanche com aquele amiguinho que não tinha levado nada pro recreio. E hoje com 19 anos, eu ainda não consegui tirar essa sensibilidade e PRATICIDADE infantil de dentro de mim.Então eu prefiro ficar assim, a banalizar o que pra mim não é aceitável. E recuso-me a ler em jornais e noticiários casos de homicídios, balas perdidas e miséria como se fossem meros classificados.
Eu vou envelhecer carregando os velhos e cada vez mais fortes traços de uma criança que sempre quis ajudar e melhorar o mundo e todos que nele habitam.
E que eu me permita permanecer estranha em um mundo que se tornou tão estranho.

domingo, 12 de abril de 2009

Eu não tenho rancor e não é que eu não tenha esquecido,só é dificil pra mim.
Podem criticar,e falar um monte,SÓ eu sabe o que se passa aqui dentro.
Não é impossível mas não é que não tenha jeito,só preciso de ninguém nunca parou e se coclocou na minha situação pra tentar me entender enfim. Tempo.Uma ferida mede-se pela dor que provocou e perde-se no momento em que cessou de doer. Embora lateje nos dias de chuva.




P.s: Queria ser de pedra,queria mesmo...