segunda-feira, 13 de abril de 2009

Destino terra do nunca,pode?

Nesse revezamento doido que é a vida, chegou minha vez.Eu nunca fui muito de 'aceitar' conselhos, afinal, quem melhor do que eu pra saber o que é certo pra minha vida? Mas claro que isso nunca me impediu de ouvir opiniões alheias e por diversas vezes até refletir um pouco sobre aquilo, mas se tem uma coisa que eu agradeço todo dia é essa minha capacidade de ir até os meus 60 anos e voltar pro meus 6, onde aprendi que quando se estende uma mão, outras duas se estendem pra você, mas que correr demais pode me levar ao chão. Tudo bem Bruna, e onde você quer chegar? Eu? Lá no infinito! E com isso eu cansei de sentir como se a minha vida fosse curta o suficiente pra saber e sentir que tenho muita coisa pra fazer,que preciso ajudar o mundo e que pode não dar tempo. CORRE, não, não posso, eu ja aprendi que quando se corre demais, pode-se cair! Algumas coisas ainda me pertubam, ter essa sensibilidade de uma criança junto com essa visão REAL do que é o mundo hoje. Pode algum coração ficar estável sendo assim? Pois é,não!
Eu percebi que não consegui me modernizar conforme o tempo pediu. Não consigo cegar meu olhos e aceitar que esmola não se dá, que é normal abandonar cachorros e gatos velhos na rua, que é a 'COISA MAIS COMUM DO MUNDO' ver idosos e recem-nascidos dormindo na rua. É, acho que estagnei no tempo de quando eu era criança, onde naquele momento eu era maior do que tudo! Onde podia salvar o mundo,dando migalha de pão pros passarinhos, ou dividindo meu lanche com aquele amiguinho que não tinha levado nada pro recreio. E hoje com 19 anos, eu ainda não consegui tirar essa sensibilidade e PRATICIDADE infantil de dentro de mim.Então eu prefiro ficar assim, a banalizar o que pra mim não é aceitável. E recuso-me a ler em jornais e noticiários casos de homicídios, balas perdidas e miséria como se fossem meros classificados.
Eu vou envelhecer carregando os velhos e cada vez mais fortes traços de uma criança que sempre quis ajudar e melhorar o mundo e todos que nele habitam.
E que eu me permita permanecer estranha em um mundo que se tornou tão estranho.