sexta-feira, 16 de janeiro de 2009


A dona do mundo:

Dizem que a criatividade é quem faz as mais belas obras, eu discordo: é a dor.A dor é a dona das mais belas canções, das mais fascinantes historias, dos mais fortes sentimentos. É ela a que nos faz escrever, que nos faz pintar. Dói sofrer, dói mais do que um corte ou algo assim. Dói ficar sozinho, dói mais porque trás também angustia, e angustia dói forte no peito. Dói amar, porque amar trás medos, como o medo de perder e o medo errar. No caso do amor a dor de saber que a dor pode a qualquer hora acontecer chega a ser sufocante, dói demais.Dói ver algo apagado na vida de alguém, uma musica nunca mais ouvida, quando no caso essa musica dizia o que era você. Dói porque você sabe que aquilo não foi nada, mas pra dor um nada se torna tudo. Me arrisco em afirmar que a dor é dona do mundo, dona de tudo que é bom, e parceira do que não é. Sinto em informar que até a felicidade dói. Talvez por nem sempre ser merecida, ou talvez por ser tão grande que não sabemos administrá-la. A dor é permanente, invisível. Fica guardada dentro de si e aparece nas menores brechas possíveis. * Resta ver agora quem abrirá as brechas, e quem cuidara de fechá-las depois.